"Pouco antes de morrer, o meu sogro chamou a família:
- Sei que a morte é apenas uma passagem, e quero poder fazer essa travessia sem tristeza. Para que vocês não fiquem inquietos, mandarei um sinal de que valeu a pena ajudar os outros nesta vida.
Pediu para ser cremado, as cinzas atiradas no Arpoador, enquanto um rádio tocava as suas músicas preferidas.
Faleceu 2 dias depois. Um amigo facilitou a cremação em São Paulo e, de volta ao Rio, fomos todos para o Arpoador com o rádio, as cassetes, o embrulho com a pequena urna das cinzas.
Ao chegarmos em frente ao mar, descobrimos que a tampa estava presa com parafusos. Tentámos abrir, inutilmente.
Não havia ninguém por perto, só um mendigo, que se aproximou.
- o que é que querem?
O meu cunhado respondeu:
- Uma chave de parafusos, porque estão aqui as cinzas do meu pai.
- Ele deve ter sido um homem muito bom, porque acabei de encontrar isto - disse o mendigo.
E estendeu uma chave de parafusos."
by Paulo Coelho (Ser como o Rio que flui)
P.S: Das melhores leituras que fiz, e esta pequena e curta história faz pensar em como somos pequeninos em comparação com o chamado "destino". Logo naquela hora iria o mendigo encontrar a chave de parafusos.
Está mesmo muito bonito!!!
ResponderEliminarDeu-me os arrepios!!! boas leituras e...
beijocas graaaaaaaands
Bonito...muito bonito..;)
ResponderEliminarSim senhora,andas a ler=P lol
Bj gnd e xiii coraxão afilhadaaaaaa=P
Eu quero ler esse livro... e os restantes que tenhas para aí do Paulo Coelho, percebeste? :P Gostei muito da hisória...eu gosto de Paulo Coelho, por isso :P
ResponderEliminar